domingo, 1 de maio de 2011

Micro-críticas #06

Rio

Já faz muitos anos que as animações deixaram de ser apenas infantis. Muito disso se deve a Pixar que sempre consegue achar o meio termo entre divertir crianças e adultos em uma junção de diálogos inteligentes com o humor fácil de entender. E lá se vão 15 anos do lançamento de Toy Story (não errei a data, você está velho mesmo).
Rio chega aos cinemas com uma proposta diferente, definitivamente é uma animação para crianças, e agrada o público alvo. Bonitinho, engraçadinho, com personagens carismáticos e cheio de cor. Para conquistar os adultos, o diretor Carlos Saldanha apostou em um filme visualmente lindo, e conseguiu, não há como negar a beleza das imagens perfeitas do Rio de Janeiro. Não contente em apenas “mostrar” o Rio como um lugar maravilhoso (até a favela é linda), faz propaganda da cidade. Chegando ao cúmulo de num último e embaraçoso musical, dizer com todas as letras: “Venha para o Rio!”. Parece um grande vídeo publicitário para atrair turistas (repare que a primeira vez em que o nome da cidade é mencionado, imediatamente aparece um globo terrestre, identificando a localização do país para os estrangeiros menos informados), o que me faz pensar que “Rio” é um filme bonitinho, mas ordinário. (Carlos Saldanha, 2011) *** 7,0

Sobrenatural

Um casal com três filhos pequenos acaba de mudar-se para uma casa nova, mas ela parece estar mal assombrada. Já vimos isso antes, muitas vezes, mas não sejamos apressados. Sempre que assistimos a um filmes com essa premissa, logo no primeiro ato pensamos: “Por que não saem logo dali?” Pois é, quase levantei da cadeira para aplaudir quando a família realmente se muda, como qualquer pessoa com cérebro faria.  Mas o problema não era a casa. Agora sim podemos dizer que no mínimo é original, mas não só isso. “Sobrenatural” flerta com o trash e por ter um roteiro com algumas invencionices acaba se tornando didático, mas definitivamente, ARREPIA. (James Wan, 2011) **** 7,5

Eu Sou o Número Quatro

Nove crianças são as únicas sobreviventes de um planeta chamado Lórien, e são enviadas à Terra, criadas separadas e fazem-se passar por seres humanos. Eis que a mesma espécie invasores que devastou seu país, os Mogadorians, está por aqui para destruí-los também. Três foram mortos, mas Josh Smith é o número quatro, TANDÃÃÃ! Tá bom, todos concordam que é meio bizarro, mas esta é a nova franquia que pretende conquistar esta geração. O problema é que se você acha que o tal número quatro vai apresentar uma grande resistência e sair matando todo mundo, está enganado. Primeiro porque o confronto demora a ocorrer, afinal há a preocupação de apresentar os personagens e encher a tela com perguntas, que não se respondem até o fim do filme, mostrando claramente que é apenas um primeiro capítulo dessa nova “saga”. Depois porque Josh nem sabe dos poderes que tem, e vai descobrindo aos poucos.
Apesar de ser abarrotado de clichês e apresentar muitos problemas, como a narração desnecessária e um vilão que daria muito mais medo se não falasse, mesmo assim consegue divertir. (D. J. Caruso, 2011) *** 5,5

Pânico 4

Dez anos depois de sua última aparição, Ghostface volta a dar as caras e dá também novo fôlego a esta franquia peculiar. A trilogia Pânico usava e abusava da auto-paródia com sucesso, mas foi declinando desde sua estréia com o ótimo primeiro exemplar, depois uma sequência muito boa, e um encerramento razoável.  
A abertura deste filme é com absoluta certeza uma das melhores de todos os tempos do terror, e tem tudo que o ele simboliza. É inteligente, ágil, engraçado, crítico e assusta.
Tem o final mais surpreendente e mais orgânico entre todos os quatro, mais divertido entre todos os quatro, e no conjunto, com certeza melhor que Pânico 2 e 3. (Wes Craven, 2011) **** 8,5

Thor

Depois de um primeiro ato desastroso, pensei comigo: “Calma, vai melhorar”. Mas não aconteceu. Serei breve: Efeitos ruins, o filme parece ser feito 90% no computador. Diálogos ruins, prepare-se para coisas super inovadoras como “Por que você não me contou?” R:”Para te proteger!”. Roteiro ruim, o protagonista vem à Terra para aprender uma lição, fica dois dias por aqui, tem um caso e volta “um outro homem”, como se tivesse aprendido muito com as “dificuldades”. Aliás, toda a trama que se passa na Terra é absolutamente sem sentido. Um amor que surge do nada, piadas soltas que tentam deixar o filme atual, e personagens sem graça.
Não fossem as atuações, principalmente do protagonista Chris Hemsworth e a ótima trilha sonora, seria um horror completo. (Kenneth Branagh, 2011)  * 3,0

Um comentário:

  1. eu adorei muito muito pânico! aquele começo realmente é demais!

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