Com a proposta de atualizar o blog mais vezes, resolvi inaugurar uma nova sessão por aqui. As mais aprofundadas continuam, mas com as ”Micro-Críticas” vou postar com mais regularidade sobre mais filmes, dando minhas opiniões rápidas sobre o que eu ando vendo e que mereçam um comentário.
À Prova de Morte
Ao estilo Tarantino. Longas conversas sobre bobagens, homenagens ao cinema, o ângulo de câmera do porta-malas, muita violência, a trilha sonora característica, tudo está ali. Se “Cães de Aluguel” tem muita testosterona, “À Prova de Morte” é recheado de progesterona. Mulheres, muitas mulheres, todas elas protagonistas, e lindas. O feminismo reina nesta obra original de história simples em que os 20 minutos finais são de levantar da cadeira e vibrar: Tarantino para Presidente! (Quentin Tarantino, 2010) **** 8,0
A Estrada
Pai e filho tentam sobreviver, num filme que não perde tempo mostrando o desastre, e sim o pós-desastre. Chocante ao ponto de pai ensinar ao filho, ainda criança, como deveria cometer o próprio suicídio caso isso fosse necessário. Longa angustiante com Viggo Mortensen em belo trabalho. (John Hillcoat, 2010) **** 8,5
Atividade Paranormal 2
O grande desafio do diretor Tod Williams era repetir a fórmula do anterior, sem parecer mais do mesmo. Uma casa cheia, adolescente, bebê, cachorro, são elementos que trazem um frescor diferente do casal do primeiro longa, que fez tanto sucesso. Deu um jeito de amarrar com o anterior sem parecer loucura, e mantém a tensão no ar. Cumpre o que promete. (Tod Williams, 2010) **** 7,0
Atração Perigosa
Ben Affleck atuando e dirigindo ao mesmo tempo deixa claro que deveria optar por apenas uma delas, a de diretor. Fraquíssimo em suas incursões como protagonista desta trama de assaltos, Affleck dirige com segurança um filme ágil e violento, onde um assaltante se apaixona por uma refém (fato, aliás, que poderia ser melhor explorado ao invés de embarcar no óbvio). No elenco, Jeremy Renner, Rebecca Hall e Blake Lively se destacam. (Bem Affleck, 2010) **** 7,5
Invictus
Depois de anos, Clint Eastwood faz um filme com esperança. Esperança até demais. Invictus conta como Nelson Mandela usou o campeonato mundial de rugby para aproximar um país dividido pelo apartheid. Morgan Freeman perfeito como Mandela, Matt Damon correto num personagem que não se desenvolve e que não justifica sua indicação ao Oscar. O irritante excesso de câmera lenta dá vontade de apertar o botão para avançar o filme. (Clint Eastwood, 2010) *** 7,0
Também venho há algum tempo querendo fazer esse tipo de texto no Observatório, e com certeza é uma boa maneira de falar sobre mais filmes e até sobre aqueles que não renderiam grandes resenhas. Dito isso, sobre os filmes que você comentou:
ResponderExcluir> À PROVA DE MORTE: pela primeira vez eu me senti incomodado com o excesso de falas, absolutamente dispensável e que nada adicionava à narrativa (a não ser tempo); fora isso, é mais um ótimo trabalho de Tarantino (e tecnicamente impecável). 7/10
> A ESTRADA: a fotografia e a maquiagem só fazem prevalecer o tom de desolação e angústia observado durante a história, e que também se vê nas belíssimas atuações de todo o elenco, especialmente Mortensen. 7/10
> ATIVIDADE PARANORMAL 2: bastante eficiente ao entrelaçar a sua história com a do filme anterior, e também em retomar a mesma estratégia de criar medo e suspense a partir da expectativa do público e com detalhes mínimos, perde o rumo, no entanto, ao frustrar suas próprias regras durante o 3º ato. 5/10
> ATRAÇÃO PERIGOSA: quando os cinemas da minha cidade resolverem trazer o filme, ficarei feliz.
> INVICTUS: Eastwood dá umas escorregadas na direção, mas no geral é um bom filme. 6/10
Abraço!