Comédias românticas não fazem minha cabeça. Talvez por adotarem quase sempre o mesmo formato. Um romance sem sal, com piadas engraçadinhas, onde até a metade você ri, e a partir da outra metade tentam te fazer chorar. Bléh. “O Amor e Outras Drogas” foge um pouco disso (mas não muito) e consegue ser acima da média do gênero. Adaptado do livro “Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman”, o filme se apóia na beleza de seus protagonistas, coadjuvantes e figurantes e é repleto de cenas de nudez, que podem incomodar as mais recatadas, mas também tem ótimas piadas que por vezes tiram sarro dos clichês comportamentais de personagens vazios que estamos acostumados a ver. Divertido, leve (ainda que tente não ser), e agradável de assistir, cumpre o que promete. (Edward Zwick, 2011) **** 7,5
Em 2007, o belo “A Vida dos Outros” ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, conquistou o mundo e revelou Florian Henckel Von Donnersmarch, diretor estreante que tinha tudo para dar certo. Após 4 anos sem dirigir nada, Von Donnersmarch retorna aos holofotes, dirigindo um filme pipoca com dois dos maiores astros do cinema atual. O resultado? Ruim.
Com material fraco em mãos, o alemão parece querer compensar com muitas imagens das belezas das igualmente encantadoras Angelina Jolie e Veneza, o que acaba deixando o filme sem ritmo, por vezes arrastado. Com uma trilha sonora que em momentos lembra animação da Disney, e em outro um episódio dos Três patetas, ainda conta com um Johnny Depp que chega a repetir uma cena IGUAL à de Piratas do Caribe, exatamente com os mesmos gestos. Tendo seu melhor momento numa piada rápida envolvendo Bon Jovi, O Turista serve como passatempo, mas desperdiça uma grande oportunidade de juntar um bom diretor, dois ótimos atores com poder de conquistar bilheteria e a bela cidade de Veneza, tudo de uma só vez. (Florian Henckel Von Donnersmarch, 2011) ** 4,5
São raros os cinéfilos que não concordam que Clint Eastwood é um ótimo diretor, principalmente comparando-se ao seu limitado trabalho como ator, onde vivia sempre o mesmo personagem. Mas não é de hoje que percebo sua quedinha pelo exagero em cenas apoteóticas (como os finais de Gran Torino e Os Imperdoáveis) e dramas um pouco forçados (como a visão romântica de Invictus). Aqui, Eastwood abre o filme com uma cena fantástica de Tsunami devastando tudo o que vê pela frente, contrastando com o marasmo e a falta de ritmo de todo o restante. Abusando de coincidências inverossímeis, com um final que chega a dar vergonha, Além da Vida me conquistou apenas em alguns momentos isoladas, como a breve participação da linda Bryce Dallas Howard, demonstrando muita química com Matt Damon, que, aliás, leva o longa nas costas, mesmo com menos espaço do que merecia. (Clint Eastwood, 2011) *** 6,5
Incontrolável
Um meio de transporte sem controle cruza cidades podendo causar destruição a qualquer momento. Você já viu esse filme, provavelmente mais de um com esta descrição. O roteiro super manjado, baseado em uma história real, consegue surpreendentemente tornar-se um ótimo filme, nas mãos de Tony Scott. Ao lado de seu habitual parceiro Denzel Washington, que parece tomar banho de carisma, o diretor reúne ótimos elementos para que não se torne mais do mesmo, a fotografia de tons fortes, a música que dá o tom de urgência e a montagem rápida ajudam nesse sentido. (Tonny Scott, 2011) **** 8,0
Não achei Vicio Frenetico e O Turista tão ruins assim não.
ResponderExcluirAmor e Outras Drogas é incrível!
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